Uma enquete recente publicada pela Folha de S. Paulo perguntou a importantes críticos literários, escritores e professores universitários acerca da cena literária contemporânea: as tendências mais visíveis, a relação entre literatura e política, a importância das oficinas literárias, o espaço da poesia no mercado editorial, os erros e acertos da produção contemporânea.
Lendo as entrevistas, é interessante notar tanto interseções como divergências em relação às respostas dos entrevistados.
Álcir Pécora mostra-se mais cético e crítico em relação à literatura brasileira contemporâne e não aposta em nenhuma tendência ou autor específico, vendo pouca inovação na produção atual. Muito diversa é a perspectiva de Luciana Hidalgo que revela uma visão positiva sobre a grande multiplicidade do campo literário atual e percebe uma abertura maior para autores e editoras. Além disso, a pesquisadora, assim como Luiz Bras, aponta o uso de redes sociais como um fator construtivo para a troca de opiniões e informações sobre a literatura, uma
proximidade maior entre leitores e autores.
Na visão de Manuel da Costa Pinto, não há uma exploração maior das ferramentas da internet, que é vista por ele como apenas mais um meio de divulgação da literatura. Ademais, o crítico literário menciona várias tendências
literárias e nomeia os autores pertencentes a elas, afirmando ainda que oficinas literárias não produzem qualquer tipo de resultado e, por fim, diz que notam-se inovações nas obras contemporâneas, que dão maior ênfase “para o aprofundamento de algumas formas e gêneros que não estavam de todo ausentes na literatura do passado – caso o mini ou micro-contos.”.
As entrevistas estão disponíveis AQUI
Com o link, convido a todos a dividirem suas opiniões e a debaterem a diversidade das facetas da literatura contemporânea.